O consumidor com mais de 60 anos não pode ter o serviço negado pelo convênio médico devido à sua idade.
O
idoso que tenta contratar um plano de saúde busca garantias de que terá
o melhor atendimento possível quando precisar de tratamento médico. Mas
nem sempre é assim.
Quem já passou dos 60 anos de idade encontra
dificuldade até mesmo para conseguir serviço.
Empresas do setor
criam barreiras para não aceitar idosos como clientes, pois muitas delas
consideram que esse público poderá trazer mais despesas com o uso dos
serviços do que vantagens financeiras por meio do pagamento de
mensalidades.
A exclusão de idosos desrespeita as regras que
regulam o setor privado de saúde no país.
A cobertura mínima, chamada de
rol de procedimentos da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar),
deve ser garantida a todos, seja qual for a idade do cliente.
Se
o beneficiário do plano tiver negado um procedimento - consulta, exame,
internação – que é previsto na lista básica da ANS, é possível abrir
uma queixa na própria agência, além de recorrer a algum órgão de defesa
do consumidor, como, por exemplo, o Procon.
O consumidor também pode buscar um advogado, que deverá apresentar à operadora uma notificação extrajudicial, evitando a abertura
de processo. Outra garantia importante dada aos idosos é o direito de
não receber mais aumentos devido à mudança de faixa etária após os 60
anos de idade.
Consultas podem ter reembolso
A devolução
de parte da grana que o beneficiário paga quando precisa de atendimento
fora da rede credenciada do convênio não é regulada pela ANS (Agência
Nacional de Saúde Suplementar). Em geral, planos mais caros garantem uma
devolução maior do valor do procedimento, chegando a ser integral para
consultas, por exemplo.
Essa política de reembolsos deve ficar
clara no contrato firmado entre a operadora e o consumidor. O
beneficiário pode, inclusive, pedir uma prévia de quanto vai ser
devolvido antes de utilizar um serviço fora da rede credenciada.
Atendimento garantido
* Direito de contratar o plano e ser atendido
A
idade não pode ser motivo para o idoso ser recusado pelo convênio. A
cobertura mínima, chamada de rol de procedimento, tem que ser garantida
em todos os casos. O mesmo vale para a portabilidade, quando o
consumidor ganha o direito de trocar de operadora de plano de saúde, sem
cumprir carência.
* O que fazer?
Se o convênio
dificultar o acesso do idoso, denuncie a empresa à ANS e ao Procon. A
operadora do plano pode levar multa de R$ 50 mil a R$ 100 mil.
* Manutenção do plano empresarial
O
aposentado pode manter o plano de saúde empresarial se passar a pagar
toda a mensalidade do convênio dele e da família. Ele terá que custear a
parte que a empresa pagava mais a quantia que ele já tinha descontada
em seu holerite.
Essa possibilidade existe somente para o idoso
que se aposentou ou foi demitido sem justa causa e que foi beneficiário
de um plano empresarial enquanto ainda trabalhava e contribuiu com parte
do pagamento do plano de saúde (ou seja, tinha descontos da mensalidade
em seus salários).
* O idoso perde o direito ao convênio se:
Arrumar
um novo emprego que dá direito a um plano de saúde ou perder o prazo de
30
dias, a partir da aposentadoria ou da demissão, para solicitar a
manutenção do plano.
* Manutenção do convênio
Quem
contribuiu com o plano de saúde por 10 anos ou mais poderá mantê-lo por
tempo indeterminado, enquanto o ex-patrão oferecer esse benefício a seus
empregados da ativa. Já quem contribuiu com o plano de saúde por menos
de 10 anos poderá continuar com a cobertura pela mesma quantidade de
anos em que pagou o convênio. Se contribuiu por cinco anos, terá direito
de manter o convênio por cinco anos, por exemplo.
* Último reajuste por idade ao fazer 60 anos
A
agência reguladora permite que os planos apliquem reajustes por faixa
etária. Para tentar conter aumentos astronômicos para os idosos, o
último reajuste por idade permitido ocorre quando o cliente completa 59
anos.
* Limite
Desde 2004, o aumento para os idosos não
pode ser superior a seis vezes o valor da primeira faixa, que vale para
beneficiários de até 18 anos. A variação acumulada entre a sétima e a
décima faixa não pode ser superior à variação acumulada entre a primeira
e a sétima faixa etária. Atualmente, a ANS reconhece 10 faixas etárias
para o reajuste.
* Atenção
O STJ (Superior Tribunal de
Justiça) considera que o Estatuto do Idoso (Lei 10.741/03) proíbe a
aplicação de reajustes por faixa etária para pessoas com 60 anos ou mais
e não importa a data em que o contrato foi assinado. Até 2004, as
operadoras ainda aplicavam reajustes mesmo depois de o consumidor
completar 70 anos.
Se a operadora quiser aumentar a mensalidade,
alegando que o contrato foi assinado antes do Estatuto, o idoso pode
contestar a decisão, caso seu contrato tenha sido assinado entre janeiro
de 1999 e dezembro de 2003.
Mesmo se tiver um plano de sindicato e associações, o reajuste não pode ser abusivo
* Como é o aumento nesses casos
A
negociação é feita diretamente entre a administradora ou operadora com o
sindicato ou a associação. São consideradas questões como a frequência
de utilização dos serviços do plano, os custos da operadora naquele ano e
o número de procedimentos de alto custo.
* Sem fiscalização
Esses
aumentos, porém, não são limitados pela agência reguladora. Neste ano,
os aumentos chegaram a 28,8%, muito acima da inflação.
Em todos os casos
Se
o idoso tiver qualquer dúvida ou desconfiar que existe algum abuso do
convênio, deve procurar a ANS pelo telefone 0800-701-9656 ou no site:
www.ans.gov.br
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sexta-feira, 18 de novembro de 2016
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
ESTANTE JURÍDICA...
Filhas solteiras
O corte de 19,5 mil pensões de filhas de servidores públicos em situação irregular poderá gerar economia estimada de R$ 5 bilhões até 2020, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), que determinou que o governo faça um pente-fino para que elas comprovam que estão em situação regular e cancelem as que não estiverem.
Reforma da Previdência
O governo defende que a proposta só vá ao Congresso após a aprovação do teto dos gastos públicos no Senado, podendo ficar para 2017. Assessores defendem que a reforma seria um tema muito polêmico e poderia “contaminar” o ambiente dentro do Legislativo, atrapalhando o processo de votação do teto dos gastos.
Empresas de salão de beleza
Foi assinada Lei que regulamenta parcerias entre os proprietários de salão de beleza e seus profissionais como cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. A Lei estabelece que não haverá relação de emprego ou de sociedade entre o profissional e o salão enquanto durar a relação de parceria. O profissional-parceiro poderá ser constituído sob a forma de pessoa jurídica, como pequeno empresário, micro empresário ou micro empreendedor individual (MEI). Deve haver um contrato de parceria, caso contrário poderá caracterizar um vínculo empregatício.
Lote mensal de atrasados
O CJF (Conselho da Justiça Federal) liberou R$ 679 milhões para o pagamento do lote mensal de atrasados do INSS. Vão receber a grana 65,9 mil segurados que venceram ações de revisão de aposentadorias, pensões e outros benefícios contra o INSS. Entram nesse lote as ações com atrasados de até 60 salários mínimos (R$ 52,8 mil), as chamadas RPVs (Requisições de Pequeno Valor) com o pagamento liberado pelo juiz no mês de setembro.
Aposentado continua na ativa
Aposentar-se no Brasil não significa parar de trabalhar. Entre os idosos com 60 anos ou mais, 51,6% dos homens aposentados e 55,5% das mulheres aposentadas seguem na ativa. Em média, o homem trabalha por mais quatro anos após a aposentadoria, e a mulher, por mais dois. O principal motivo para o aposentado continuar na ativa é a necessidade de complementar a renda. Para 47% dos aposentados que trabalham, o benefício do INSS não é suficiente para pagar as contas. Em parte isso é explicado pelo fator previdenciário, que corta cerca de 40% do benefício de quem se aposenta mais cedo. O idoso aposentado é devolvido ao mercado em situação trabalhista precária, avaliam alguns especialistas.
Melhor aposentadoria
Os trabalhadores que estão para completar os requisitos mínimos para pedir a aposentadoria no ano que vem devem começar a se preparar. Quem for pedir, por exemplo, o benefício por tempo de contribuição ao INSS deve lembrar que, quanto mais pagamentos fez à previdência, menor será o desconto na aposentadoria. Há também simulações de quanto é possível ganhar em 2017, após a mudança da tabela do fator previdenciário, e que pode ter o benefício sem desconto em cada mês.
Pedido do benefício
Os segurados que vão completar as exigências em 2017 podem agendar o benefício. Para quem agendar antes de atingir o tempo mínimo de contribuição exigido pelo INSS, será preciso, no dia do atendimento, mudar a data de cálculo de sua aposentadoria.
Governo renova pente-fino
Para evitar interrupção na revisão de benefícios do INSS, o governo federal deve enviar nova medida provisória ao Congresso para garantir a continuidade do pente-fino nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez. A medida prevê a revisão de 530 mil auxílios e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez.
Regra de transição
Homens acima de 50 anos e mulheres e professores com mais de 45 anos entrariam na regra de transição. Nessa regra, os segurados conseguem se aposentar sem a idade mínima (65 anos), após cumprirem um pedágio. O pedágio seria de 40% ou 50% do tempo que falta para se aposentar.
Decisão da Justiça
O TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) negou recurso do governo e determinou a devolução do Imposto de Renda retido na fonte das verbas recebidas
na rescisão de contrato de trabalho de um metalúrgico que aderiu a um PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Prazo da Justiça
A Justiça Federal deu prazo para o INSS esclarecer os cortes de auxílios-doença realizados devido ao pente-fino dos benefícios por incapacidade. O Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União pediram a suspensão dos cortes. Os órgãos avaliam ainda iniciar uma ação civil pública.
Coluna Publicada no Jornal Em Foco: www.emfocoregional.blogspot.com.br página 11.
O corte de 19,5 mil pensões de filhas de servidores públicos em situação irregular poderá gerar economia estimada de R$ 5 bilhões até 2020, segundo o TCU (Tribunal de Contas da União), que determinou que o governo faça um pente-fino para que elas comprovam que estão em situação regular e cancelem as que não estiverem.
Reforma da Previdência
O governo defende que a proposta só vá ao Congresso após a aprovação do teto dos gastos públicos no Senado, podendo ficar para 2017. Assessores defendem que a reforma seria um tema muito polêmico e poderia “contaminar” o ambiente dentro do Legislativo, atrapalhando o processo de votação do teto dos gastos.
Empresas de salão de beleza
Foi assinada Lei que regulamenta parcerias entre os proprietários de salão de beleza e seus profissionais como cabeleireiro, barbeiro, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. A Lei estabelece que não haverá relação de emprego ou de sociedade entre o profissional e o salão enquanto durar a relação de parceria. O profissional-parceiro poderá ser constituído sob a forma de pessoa jurídica, como pequeno empresário, micro empresário ou micro empreendedor individual (MEI). Deve haver um contrato de parceria, caso contrário poderá caracterizar um vínculo empregatício.
Lote mensal de atrasados
O CJF (Conselho da Justiça Federal) liberou R$ 679 milhões para o pagamento do lote mensal de atrasados do INSS. Vão receber a grana 65,9 mil segurados que venceram ações de revisão de aposentadorias, pensões e outros benefícios contra o INSS. Entram nesse lote as ações com atrasados de até 60 salários mínimos (R$ 52,8 mil), as chamadas RPVs (Requisições de Pequeno Valor) com o pagamento liberado pelo juiz no mês de setembro.
Aposentado continua na ativa
Aposentar-se no Brasil não significa parar de trabalhar. Entre os idosos com 60 anos ou mais, 51,6% dos homens aposentados e 55,5% das mulheres aposentadas seguem na ativa. Em média, o homem trabalha por mais quatro anos após a aposentadoria, e a mulher, por mais dois. O principal motivo para o aposentado continuar na ativa é a necessidade de complementar a renda. Para 47% dos aposentados que trabalham, o benefício do INSS não é suficiente para pagar as contas. Em parte isso é explicado pelo fator previdenciário, que corta cerca de 40% do benefício de quem se aposenta mais cedo. O idoso aposentado é devolvido ao mercado em situação trabalhista precária, avaliam alguns especialistas.
Melhor aposentadoria
Os trabalhadores que estão para completar os requisitos mínimos para pedir a aposentadoria no ano que vem devem começar a se preparar. Quem for pedir, por exemplo, o benefício por tempo de contribuição ao INSS deve lembrar que, quanto mais pagamentos fez à previdência, menor será o desconto na aposentadoria. Há também simulações de quanto é possível ganhar em 2017, após a mudança da tabela do fator previdenciário, e que pode ter o benefício sem desconto em cada mês.
Pedido do benefício
Os segurados que vão completar as exigências em 2017 podem agendar o benefício. Para quem agendar antes de atingir o tempo mínimo de contribuição exigido pelo INSS, será preciso, no dia do atendimento, mudar a data de cálculo de sua aposentadoria.
Governo renova pente-fino
Para evitar interrupção na revisão de benefícios do INSS, o governo federal deve enviar nova medida provisória ao Congresso para garantir a continuidade do pente-fino nos auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez. A medida prevê a revisão de 530 mil auxílios e 1,2 milhão de aposentadorias por invalidez.
Regra de transição
Homens acima de 50 anos e mulheres e professores com mais de 45 anos entrariam na regra de transição. Nessa regra, os segurados conseguem se aposentar sem a idade mínima (65 anos), após cumprirem um pedágio. O pedágio seria de 40% ou 50% do tempo que falta para se aposentar.
Decisão da Justiça
O TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) negou recurso do governo e determinou a devolução do Imposto de Renda retido na fonte das verbas recebidas
na rescisão de contrato de trabalho de um metalúrgico que aderiu a um PDV (Plano de Demissão Voluntária).
Prazo da Justiça
A Justiça Federal deu prazo para o INSS esclarecer os cortes de auxílios-doença realizados devido ao pente-fino dos benefícios por incapacidade. O Ministério Público Federal e Defensoria Pública da União pediram a suspensão dos cortes. Os órgãos avaliam ainda iniciar uma ação civil pública.
Coluna Publicada no Jornal Em Foco: www.emfocoregional.blogspot.com.br página 11.
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
INSS AMPLIA PENTE-FINO E REVISA OUTROS BENEFÍCIOS
Os segurados estão recebendo cartas cobrando devolução de
valores pagos por erro do instituto.
O INSS está revisando
outros benefícios por incapacidade, além dos incluídos no pente-fino da medida
provisória 739. Segundo o presidente do instituto, não há uma orientação
específica para ampliar a revisão, mas a medida do governo pode ter motivado
atenção maior a outros casos.
Um dos focos tem sido o
auxílio suplementar por acidente de trabalho. Segundo o Sindicato Nacional dos
Aposentados (Sindnapi), aposentados que têm esse auxílio, anterior ao
auxílio-acidente, estão recebendo cartas informando que o acúmulo do benefício
com a aposentadoria é indevido e que a grana terá que ser devolvida. Em um dos
casos, a cobrança é de R$ 75 mil.
O aposentado que
receber a correspondência deve entrar com recurso administrativo. Porém,
provavelmente será necessário recorrer à Justiça para impedir a cobrança da
dívida. O auxílio suplementar não pode ser acumulado com a aposentadoria, porém
o INSS não pode simplesmente cobrar o dinheiro que foi recebido de boa fé.
O órgão também está
revisando o benefício de 19,8 mil segurados que tiveram aumento na renda com a revisão
dos auxílios, em 2013. Segundo o instituto, esses segurados entraram na
correção do artigo 29 por engano, pois seus benefícios são anteriores a abril
de 2002. Nesses casos, só há direito a revisão entre 2002 e 2012.
Para impedir
a cobrança, primeiro, é preciso recorrer no posto. Depois, o segurado pode ir à
Justiça. Na ação, além de questionar a devolução, o segurado pode pedir a
manutenção da revisão, pois o benefício é alimentar e o aumento já foi
incorporado à renda.
Outra novidade são as
cartas do pente-fino por incapacidade já com data de perícia marcada. Ao
regulamentar revisão, o INSS informa que daria cinco dias úteis para
agendamento do exame.
Na mira da Previdência
Além do pente-fino nos
auxílios-doença e nas aposentadorias por invalidez, o INSS está de olho em
outros benefícios. O órgão tem enviado cartas aos segurados cortando grana,
cobrando valores já pagos ou com data agendada para perícia, sob pena de perda
do benefício.
1 – Auxílio suplementar
por acidente de trabalho
Aposentados do INSS que
têm auxílio suplementar por acidente de trabalho estão recebendo cartas
informando que a acumulação dos benefícios é indevida. O INSS diz na
correspondência, que o auxílio será cancelado e que os valores recebidos devem
ser devolvidos. Algumas cartas cobram devolução de mais de R$ 75 mil.
·
O que diz a lei?
O INSS pode cancelar o
auxílio suplementar por acidente de trabalho, concedido sob o código 95,
independentemente da data de concessão. Nesse caso, não se pode acumular
auxílio e aposentadoria. Apenas o segurado que tem auxílio-acidente (código 94)
e aposentadoria concedidos antes de 1997 pode acumular os dois benefícios.
·
O que fazer se receber a carta?
Entrar com recurso
administrativo, na agência da Previdência, no prazo determinado pelo INSS. Se o
instituto continuar cobrando o retorno dos valores recebidos, será necessário
recorrer à Justiça.
2 – Revisão do artigo
29
O INSS enviou cartas
para 19,8 mil segurados que, em 2013, tiveram o benefício reajustado na revisão
dos auxílios. Segundo o órgão, esses segurados tiveram a correção por engano,
pois os benefícios são anteriores a abril de 2002. Agora, o instituto enviou
uma correspondência informando que o valor irá baixar e que o trabalhador pode
ter que devolver a grana recebida a mais.
·
O que diz a lei?
Como a revisão foi
concedida há menos de 10 anos, o INSS pode corrigir o erro. Porém, a devolução
da grana que foi paga pode ser questionada pelo segurado.
·
O que fazer se receber a carta?
Protocolar o recurso
administrativo no prazo determinado pelo INSS. É importante escrever, no
pedido, que a revisão foi concedida automaticamente pelo INSS. Além disso, vale
ressaltar que o benefício tem caráter alimentar, por isso não cabe devolução.
Se o INSS negar o recurso e cobrar a grana de volta, o segurado terá que entrar
na Justiça.
3 – Pente-fino
Segurados que recebem
benefício por incapacidade e que não passaram por perícia há mais de dois anos
estão sendo convocados para um exame revisional. A convocação é feita por carta
e o INSS dá um prazo de cinco dias úteis para o segurado agendar o exame. Quem
tem benefício concedido judicialmente também está recebendo cartas para
comparecer a uma perícia com data agendada. Se não for no dia e hora marcada, o
trabalhador pode perder a grana que recebe.
·
O que diz a lei?
O órgão pode, a
qualquer momento, convocar quem recebe benefício por incapacidade para nova
perícia. O segurado deve comparecer à perícia na data determinada pelo INSS ou
no dia em que fizer o agendamento. Não precisam fazer a perícia os aposentados
por invalidez com 60 anos ou mais.
·
O que fazer se receber a carta?
Compareça à perícia e
apresente exames e laudos médicos atualizados para comprovar a incapacidade. Se
o INSS cortar o auxílio, entre com recurso administrativo contra a decisão. Se
a resposta não chegar em 45 dias ou for negativa, é hora de recorrer à Justiça.
ATENÇÃO:
Em todos os casos, o
INSS não pode pedir de volta o que o segurado recebeu. A Justiça entende que se
trata de uma verba alimentar, que foi recebida de boa fé, sem fraudes, por erro
do próprio instituto.
·
Convocação
Até o final do mês de
outubro, já serão 150 mil segurados que passaram por nova perícia.
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
COBRANÇA ILEGAL DE ICMS NAS CONTAS DE ENERGIA ELÉTRICA
Cobrança
ilegal no cálculo de ICMS em contas de energia elétrica: restituição e cessação
da cobrança indevida
O Governo do Estado cobra mais do que deveria pelo
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide na conta
de luz.
A arrecadação equivocada faz com que as pessoas paguem
até 35% (podendo variar de acordo com o estado) a mais na tarifa de energia
elétrica, é possível conseguir na Justiça a redução do valor e a devolução do
que foi pago indevidamente nos últimos cinco anos, em dobro e corrigido.
No cálculo do ICMS, o governo deveria tributar
apenas o valor da energia elétrica. Ao invés disso, ele calcula o ICMS sobre o
valor da energia e sobre a TUSD e TUST. Estas fazem parte de um valor cobrado
pelas empresas de distribuição de energia para remunerar instalações,
equipamentos e componentes da rede de distribuição portanto, às operações
anteriores à consumação de energia.
Ademais estas representam meio necessário à
prestação desse serviço público, de forma que não caracteriza fato gerador do
ICMS, não podendo ser incluída em sua base de cálculo
.
Mas, o que é TUST?
Essa sigla significa “Tarifas de Uso dos Sistemas
de Transmissão”. Muitas contas de energia apresentam apenas o termo “Transmissão”.
E o que é TUSD?
Essa sigla significa “Tarifas de Uso dos Sistemas
de Distribuição”. Muitas contas de energia apresentam apenas o termo “distribuição”.
Onde está a ILEGALIDADE?
A base de cálculo do ICMS, ou seja, a soma dos
valores sobre o qual se aplica a alíquota do imposto engloba a TUST e a TUSD.
A TUST e a TUSD não constitui venda de energia,
logo, não são fato gerador do ICMS.
O Superior Tribunal de Justiça - STJ tem decidido,
de forma reiterada, pela não inclusão dos valores referentes à TUST e à TUSD na
base de cálculo do ICMS.
Conforme os precedentes, o ICMS somente incide nas
operações que envolvem a comercialização (consumo) de energia elétrica para o
consumidor final. Não é o caso da TUST e TUSD.
QUEM PODE PEDIR A RESTITUIÇÃO DO
ICMS PAGO A MAIOR?
Pessoa física ou jurídica que paga a conta de
energia, pode para pleitear a restituição do ICMS pago indevidamente sobre TUST
e TUSD.
QUAL O VALOR A SER DEVOLVIDO?
Depende de cálculos. Quem paga mais energia, como
as pessoas jurídicas, tem direito a uma restituição maior. Quem paga menos
receberá menos.
Todavia, atualmente, ninguém paga pouco.
Os cálculos são feitos com base nos valores pagos
nos últimos 60 meses, atualizado até os dias atuais.
FIM DAS COBRANÇAS ILEGAIS
Outro fato importante é que a ação não visa apenas a
restituição do que já foi pago, busca também que se pare a cobrança ilegal.
O QUE FAZER?
Para pleitear a restituição e o fim das cobranças
ilegais, é preciso ajuizar uma ação, através de um advogado.
Apesar de ser um direito novo, instituído
recentemente através de reiteradas decisões de vários Tribunais do país, o STJ
e STF já se manifestaram favoráveis ao consumidor (autor da ação) nas demandas
que discutem o assunto em comento.
A inércia do povo é o que faz prosperar uma
sociedade que cultua a ilegalidade.
Só o Judiciário poderá corrigir esse engodo.
Para mais informações deixe seu comentário ou entre em contato.
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Mulher é condenada por tentativa de estelionato contra o inss em Diadema - SP
A Segunda Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) condenou uma mulher por tentativa de estelionato, com objetivo de obter de forma fraudulenta benefício assistencial de amparo social (LOAS) a uma idosa, junto à Agência da Previdência Social (APS) de Diadema/SP, em 2004, em troca de pagamento da primeira parcela do auxílio.
Os magistrados confirmaram a sentença da 3ª Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP. As provas do processo apontaram para a prática de uma ação de organização criminosa. A ré teria agido com o auxílio de terceiros e uso de documentação falsa para tentar o benefício social.
“Isso revela o preparo para perseverança nas atividades criminosas, não havendo dúvidas quanto ao aparelhamento para a prática reiterada de fraudes e também a maior culpabilidade da ré”, afirmou o desembargador federal Peixoto Júnior, relator do processo.
O fato ocorreu na APS de Diadema. A ré tentou obter para uma idosa, em prejuízo do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), vantagem ilícita consistente em benefício assistencial à pessoa idosa, com uso de documento particular falso. Ela havia requerido o benefício como procuradora da vítima.
A perícia comprovou que a ré apresentou declaração fraudulenta assinada por ela e não pela idosa. O documento continha informações falsas de que a vítima estaria separada de fato há quatro anos. O benefício foi concedido, mas a idosa não chegou a recebê-lo, pois suspeitou das irregularidades. Além disso, o crime não se consumou, porque a fraude foi descoberta por servidores do INSS.
A declaração foi comprovada como inverídica, uma vez que a idosa estava, na época dos fatos, casada há mais de 48 anos sem qualquer período de separação. Seu cônjuge, inclusive, é beneficiário de aposentadoria por tempo de contribuição.
O modo de atuação da fraudadora consistia em se identificar para as vítimas como procuradora do INSS, utilizando um crachá. Dizia que já atendia inúmeros idosos que pretendiam receber o auxílio/LOAS. Como forma de retribuição pelo serviço prestado, era acertada a entrega do primeiro pagamento do benefício à fraudadora.
Condenação
A Segunda Turma manteve a sentença de primeira instância, mas substituiu a pena de prisão de dois anos e oito meses por restritivas de direitos na forma de prestação de serviços à comunidade. Também condenou a ré ao pagamento de três salários mínimos em favor da Previdência Social, conforme a periodicidade a ser definida pelo Juízo de Execuções Penais.
Apelação Criminal 0002119-90.2006.4.03.6114/SP
Assessoria de Comunicação Social do TRF3
Fonte: http://web.trf3.jus.br/noticias/Noticias/Noticia/Exibir/345498
terça-feira, 20 de setembro de 2016
APOSENTADO QUE TRABALHA PODE SE LIVRAR DE PAGAR INSS
O governo estuda incluir na reforma da Previdência regras que
impedem a troca de aposentadoria.
O governo poderá criar
uma regra para desobrigar aposentados que trabalham de pagarem a contribuição
ao INSS. A medida, que poderá fazer parte da reforma da Previdência, seria uma
das saídas para evitar futuros pedidos de troca de aposentadoria.
Os detalhes dessa regra
e até mesmo a sua inclusão na reforma ainda não estão totalmente decididos, mas
uma das possibilidades em estudo seria a criação de contratos de trabalho
específicos para funcionários já aposentados.
A troca de
aposentadoria, também chamada de desaposentação, é a ação judicial na qual os
aposentados que trabalham e recolhem INSS normalmente, pedem a inclusão de
novas contribuições previdenciárias no cálculo do benefício pago pelo INSS.
Estão em curso atualmente na Justiça Federal cerca de 181 mil pedidos de
desaposentação.
O tema já conta com
decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) favorável aos aposentados, mas a
maioria dos processos estão à espera da conclusão do julgamento iniciado no STF
(Supremo Tribunal Federal) em 2014 e que foi interrompido porque a ministra
Rosa Weber pediu para analisar o caso. Ela já devolveu o processo, mas, por
enquanto, o assunto não está na pauta do Supremo e não há previsão de quando voltará
a ser discutido.
Se o governo for
obrigado a recalcular os benefícios de aposentados que trabalham, o gasto
aumentará em mais de R$ 7,6 bilhões por ano.
Para a vice-presidente
do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), é justo não cobrar
contribuição dos aposentados. Mas ela lembra que, com a idade mínima de 65
anos, poucos segurados teriam condições de pedir a troca.
Nova proposta
Os aposentados que
trabalham poderão ficar livres de pagar a contribuição previdenciária.
· De olho na troca
Na prática, a medida
poderia barrar novos pedidos de troca de aposentadoria na Justiça. Quem já tem
ação ou pagou contribuições ao INSS após a aposentadoria não deve ser
prejudicado se essa nova regra passar a valer.
·
O que pode mudar
O aposentado que
continua na empresa teria um contrato de trabalho diferente. Ele não teria o
desconto do INSS em seu salário. O empregador também ficaria livre de pagar a
contribuição previdenciária e outros encargos, como o FGTS.
Como funciona hoje
O aposentado que
continua trabalhando com carteira assinada tem o desconto obrigatório do INSS
em seu salário. Ou seja, todos os meses ele paga a contribuição previdenciária,
que varia de 8% a 11% de seu salário, até o teto do INSS. O patrão também paga
o INSS desse funcionário, além de fazer os depósitos mensais do FGTS.
·
Sem benefício
Porém, esses
aposentados não aproveitam as contribuições que são descontadas de seus
salários. Para o INSS, as contribuições não podem entrar no cálculo dessas
aposentadorias. Como já recebem o benefício, eles não têm direito ao
auxílio-doença caso precisem ficar afastados do trabalho. O auxílio-acidente
também é cortado quando o segurado começa a receber a aposentadoria.
·
Na Justiça
Como as contribuições
obrigatórias não representam nenhuma vantagem aos aposentados que trabalham,
muitos vão à Justiça para pedir a troca de benefício. O trabalhador pede para
incluir todas as contribuições pagas ao INSS, antes e depois da aposentadoria.
Com mais idade e mais contribuições, a aposentadoria fica maior e, muitas
vezes, dá para escapar do desconto do fator previdenciário.
·
No INSS
Para o órgão, os
aposentados não têm direito à troca, pois o sistema da Previdência prevê que as
contribuições dos trabalhadores devem custear o pagamento das aposentadorias. O
governo estima que gastaria R$ 181 bilhões se todos os 480 mil aposentados que
continuam trabalhando pudessem ganhar um benefício maior com a troca.
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No Supremo
Para resolver o
impasse, os ministros do STF terão que decidir se esses aposentados têm direito
à troca. O julgamento ainda não tem data para ser retomado. A partir desta
semana, caberá à ministra Cármen Lúcia, nova presidente do STF, decidir quando
o julgamento da desaposentação será retomado.
Governo prepara
alternativas
Técnicos do governo já
preparam uma proposta de reforma da Previdência com regras menos duras do que
as divulgadas até o momento. Com isso, a equipe espera ter alternativas para
negociar com o Congresso, que resistirá à medidas impopulares, como a idade
mínima de 65 anos para a concessão das aposentadorias de homens e mulheres.
Outras possibilidades
para diminuir a resistência de deputados e senadores seria a criação de uma
regra de transição mais vantajosa para as mulheres e a criação de um bônus no
valor das aposentadorias para os trabalhadores que começaram a trabalhar muito
jovens.
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